A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira a redução dos juros do cheque especial e do crédito imobiliário. As reduções foram feitas depois do corte da Selic, de 5% ao ano para 4,5% ao ano, realizado ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Em relação ao cheque especial, houve redução em duas linhas diferentes: no caso da conta salário, o corte foi de 4,99% ao mês para 4,95% ao mês e, no caso dos clientes que não recebem seu salário na Caixa, a taxa passou de 8,99% ao mês para 8% ao mês. As novas taxas começam a valer a partir de 2 de janeiro.
No crédito imobiliário, a taxa caiu de 6,75% mais TR ao ano para 6,5% além do indexador ao ano, e entra em vigor em 16 de dezembro.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a Caixa planeja lançar até março do ano que vem uma terceira linha de crédito imobiliário, com taxas prefixadas. Atualmente, há linhas atreladas à Taxa Referencial (TR) ou ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Ainda de acordo com Guimarães, desde a implantação do crédito imobiliário indexado ao IPCA, já foram liberados mais de R$ 4 bilhões em empréstimos.
Saque do FGTS
A Caixa apresentará na próxima sexta-feira detalhes sobre o pagamento de mais recursos de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo Guimarães, os pagamentos beneficiarão até 10 milhões de pessoas com R$ 2,5 bilhões. “Temos a confiança de que pagaremos [a quantia total] até o Natal”, afirmou em entrevista coletiva.
Medida provisória (MP) aprovada no fim de novembro elevou o limite dos saques do FGTS de R$ 500 para R$ 998. Segundo Guimarães, no entanto, só será permitido o saque caso o cliente tenha entre R$ 500 e R$ 998 na conta vinculada ao fundo. Não será permitido, por exemplo, o saque de quem tiver mil reais na conta. Além disso, o cliente poderá sacar somente a quantia excedente aos R$ 500. Ou seja: se houver um saldo de R$ 750 e o cliente já tiver sacado R$ 500, ele só poderá retirar R$ 250.